Introdução às Paleodietas e à Mobilidade
1
2023-2024
02044791
Antropologia Biológica
Português
Presencial
6.0
Opcional
2º Ciclo - Mestrado
Conhecimentos de Base Recomendados
Não existem conhecimentos base recomendados.
Métodos de Ensino
As aulas teóricas e práticas são dadas com recurso a apresentações em powerpoint, posteriormente disponibilizadas aos alunos. Nas aulas práticas os alunos têm a oportunidade de aplicar os conhecimentos que vão sendo adquiridos na resolução de casos práticos e sempre que possível proceder-se-á à análise laboratorial de amostras de tártaro.
Resultados de Aprendizagem
Esta unidade curricular visa dotar o discente de conhecimentos básicos que lhe permitam caracterizar a dieta e perscrutar a mobilidade das comunidades humanas do passado, tendo por base a análise do seu esqueleto. Encerrando a dieta uma componente biológica indissociável das expressões de natureza comportamental assume a maior relevância na compreensão do modo de adaptação dos indivíduos ao meio ambiente.
Serão apresentadas diferentes abordagens para perscrutar a dieta e a mobilidade das populações humanas do passado. No domínio dos métodos directos é dada relevância às análises químicas dos ossos, nomeadamente às análises dos isótopos estáveis de C e de N para inferir a dieta e dos isótopos estáveis de Sr, O e S, no que respeita à mobilidade, bem como à análise do cálculo dentário. Para além da percepção de toda a fundamentação teórica subjacente à aplicação destas técnicas, espera-se que os discentes sejam capazes sejam capazes de interpretar de forma credível os seus resultados.
Estágio(s)
NãoPrograma
A importância da análise das paleodietas.
Diferentes abordagens às paleodietas: métodos indirectos e directos.
A análise de oligoelementos: principais elementos indicadores da dieta. Fontes de variabilidade dos oligoelementos.
A análise dos isótopos estáveis de C, N e S para inferir a dieta das populações humanas do passado. A utilização dos isótopos de carbono na distinção de dietas baseadas em plantas dos tipos C3 e C4, em alimentos marinhos e terrestres e em recursos de água doce. Os isótopos de azoto na discriminação de dietas caracterizadas por plantas leguminosas e não leguminosas, por alimentos marinhos e terrestres, e por recursos de água doce. A influência de factores ambientais e a acção da diagénese na análise dos isótopos estáveis de carbono e de azoto.
A análise dos isótopos estáveis de Sr, O e S para inferir a mobilidade das comunidades humanas.
A análise de tártaro, como método directo para inferir a dieta.
Docente(s) responsável(eis)
Cláudia Isabel Soares Umbelino
Métodos de Avaliação
Avaliação
Exame: 30.0%
Trabalho de síntese: 70.0%
Bibliografia
Geber, J.; Tromp, M.; Scott, A.; Bouwman, A.; Nanni, P.; Grossmann, J.; Hendy, J.; Warinner, C. 2019. Relief food subsistence revealed by microparticle and proteoimic analyses of dental calculus from victims of the Great Irish Famine. PNAS 24(116): 19380-19385.
MacRoberts, R.A.; Barrocas Dias, C.M.; Fernandes, T.M.; Santos, A.L.; Umbelino, C.; Gonçalves, A.; Santos, J.; Ribeiro, S.; Schöneh, B.R.; Barros, F.; Correia, F. & Vasconcelos Vilar, H.; Maurer, A-F. 2020. Diet and mobility during the Christian conquest of Iberia: The multi-isotopic 2 investigation of a 12th-13th century military order in Évora, Portugal. Journal of Archaeological Science: Reports, 30.
Umbelino, C. 2006. Outros sabores do passado: as análises de oligoelementos e de isótopos estáveis na reconstituição da dieta das comunidades humanas do Mesolítico final e do Neolítico final/Calcolítico do território português. Dissertação de Doutoramento em Antropologia, Departamento de Antropologia, Universidade de Coimbra.