Introdução às Paleodietas
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2017-2018
02004808
Biologia
Português
Presencial
Semestral
3.0
Opcional
2º Ciclo - Mestrado
Conhecimentos de Base Recomendados
Não conhecimentos base recomendados.
Métodos de Ensino
As aulas teóricas e práticas são dadas com recurso a apresentações em powerpoint, posteriormente disponibilizadas aos alunos. Nas aulas práticas os alunos têm a oportunidade de aplicar os conhecimentos que vão sendo adquiridos na resolução de casos práticos.
Resultados de Aprendizagem
Pretende-se que os alunos adquiram um conjunto de conceitos teóricos e práticos, sustentados em diversas áreas do saber, que lhes permita caracterizar a dieta das comunidades humanas do passado, tendo por base a análise dos seus restos ósseos. Encerrando a dieta uma componente biológica indissociável das expressões de natureza comportamental assume a maior relevância na compreensão do modo de adaptação dos indivíduos ao meio ambiente e, por conseguinte, dos padrões de subsistência perfilhados.
Serão apresentadas diferentes abordagens para perscrutar a dieta das populações humanas do passado. No domínio dos métodos directos é dado relevo às análises químicas dos ossos, mais concretamente às análises de oligoelementos e de isótopos estáveis de carbono e de azoto. Para além da percepção de toda a fundamentação teórica subjacente à aplicação destas técnicas directas, espera-se que os discentes sejam capazes de interpretar de forma credível os seus resultados.
Estágio(s)
NãoPrograma
A importância da análise das paleodietas.
Diferentes abordagens às paleodietas: métodos indirectos e directos.
A dieta dos primeiros hominíneos: principais modificações.
O tecido ósseo.
A análise de oligoelementos: principais elementos indicadores da dieta. Fontes de variabilidade dos oligoelementos.
A análise de isótopos. A utilização dos isótopos de carbono na distinção de dietas baseadas em plantas dos tipos C3 e C4, em alimentos marinhos e terrestres e em recursos de água doce. Os isótopos de azoto na discriminação de dietas caracterizadas por plantas leguminosas e não leguminosas, por alimentos marinhos e terrestres, e por recursos de água doce. A influência de factores ambientais e a acção da diagénese na análise dos isótopos estáveis de carbono e de azoto.
A estriação dentária na inferência de dietas ricas em alimentos de origem vegetal ou animal.
Docente(s) responsável(eis)
Cláudia Isabel Soares Umbelino
Métodos de Avaliação
Avaliação
Trabalho de investigação: 50.0%
Exame: 50.0%
Bibliografia
Richards, M. P. 2002. A brief review of the archaeological evidence for Palaeolithic and Neolithic subsistence. European Journal of Clinical Nutrition, 56: 1270-1278.
Richards, M. P.; Jacobi, R.; Cook, J.; Pettitt, P. B.; Stringer, C. B. 2005. Isotope evidence for intensive use of marine foods by Late Upper Palaeolithic humans. Journal of Human Evolution, 49: 390-394.
Richards, M. P.; Pettitt, P. B.; Trinkaus, E.; Smith, F. H.; Paunovic, M.; Karanovic, I. 2000. Neanderthal diet at Vindija and Neanderthal predation: the evidence from stable isotopes. Proceedings of the National Academy of Sciences, 97: 7663-7666.
Umbelino, C. 2006. Outros sabores do passado: as análises de oligoelementos e de isótopos estáveis na reconstituição da dieta das comunidades humanas do Mesolítico final e do Neolítico final/Calcolítico do território português. Dissertação de Doutoramento em Antropologia, Departamento de Antropologia, Universidade de Coimbra.