Desenvolvimento Pessoal e Profissional em Psicologia Clínica Sistémica

Ano
1
Ano lectivo
2023-2024
Código
02040314
Área Científica
Psicologia
Língua de Ensino
Português
Modo de Ensino
Presencial
Duração
Semestral
Créditos ECTS
6.0
Tipo
Opcional
Nível
2º Ciclo - Mestrado

Conhecimentos de Base Recomendados

Recomenda-se a frequência, com aprovação, das u.c.s do 1º semestre do presente curso de mestrado. O/A aluno/a deve ter bons conhecimentos de língua inglesa (leitura) considerando que muitas referências bibliográficas são em inglês.

Métodos de Ensino

Ensino eminentemente prático e experiencial com recurso à discussão de casos e outros materiais clínicos (e.g., vídeos, vinhetas clínicas) articulados com métodos ativos (e.g., simulação de sessões terapêuticas) para treino de competências e experienciação de movimentos e processos auto-referenciais.Assim, esta a u.c. funciona como um “laboratório” do trabalho clínico, decorrendo as aulas no setting terapêutico da FPCE, o que possibilita a participação e/ou observação de sessões simuladas, bem como a gravação audio-visual dos role-plays, permitindo um treino efetivo de competências clínicas.

Resultados de Aprendizagem

A u.c., leccionada com base num modelo integrativo de terapia familiar, Terapia da Curiosidade (Relvas, 2003), tem como objetivo geral desenvolver nos/as estudantes uma identidade profissional enquanto psicológos/as clínicos/as com formação em sistémica. Devem adquirir competências práticas sobre como gerir processos terapêuticos e a prática profissional. Devem ser capazes de avaliar o papel dos valores pessoais, crenças e estilo relacional interpessoal no trabalho terapêutico, bem como a maneira como a sua história pessoal e familiar modela a sua prática clínica. Devem aprender a utilizar o self na terapia. Devem adquirir competências associadas aos aspetos éticos e legais relacionados com a prática terapêutica numa perspetiva sistémica e familiar.

Estágio(s)

Não

Programa

1. Introdução: a) vertentes ética, estética e pragmática na psicologia clínica sistémica; 2) aspetos éticos e legais.

2. Treino de competências na entrevista individual, de casal e familiar: a) da criação e manutenção do contexto terapêutico à definição da relação terapêutica omnidirigida; b) estruturação da entrevista e relação permanente avaliação-intervenção; c) co-terapia - dificuldades e potencialidades; d) supervisão.

3. Treino de técnicas sistémicas para promover a mudança: a) co-construção da mudança - negociação de objetivos, aplicação das técnicas decorrentes de diferentes modelos; b) aspetos particulares - emprego de perguntas circulares, metáforas e linguagem analógica; reenquadramento e desconstrução; reflecting team e “como se”; criatividade e sentido de humor.

4. A pessoa do terapeuta: a) ressonâncias e trabalho pessoal sobre a família de origem do terapeuta; b) o ajuste clientes-terapeuta; c) a descoberta do estilo pessoal do terapeuta - competências e atitudes.

Docente(s) responsável(eis)

Luciana Maria Lopes Sotero

Métodos de Avaliação

Avaliação
Trabalho de grupo com a análise clínica de um vídeo de uma sessão terapêutica simulada (e.g., hipótese sistémica, condução da sessão, aliança terapêutica): 30.0%
Trabalho escrito individual com a análise reflexiva do genograma pessoal ou genealogia familiar: 30.0%
Provas escritas individuais no final de cada unidade temática do Programa (3 mini-testes): 40.0%

Bibliografia

Anderson, H. (2012). Collaborative relationships and dialogic conversations: Ideas for a relationally responsive practice. Family Process, 51, 8-24.

Ausloos, G. (1999). A competência das famílias: tempo, caos e processos. Climepsi.

Relvas, A. P. (2003). Por detrás do espelho. Da teoria à terapia com a família. Quarteto.

Roberts, J. (2005). Transparency and self-disclosure in family therapy: Dangers and possibilities. Family Processs, 44, 45-63.

Sotero, L., Cunha, D., Silva, J., Escudero, V., & Relvas, A. P. (2017). Building alliances with (in)voluntary clients: A study focused on therapists’ observable behaviors. Family Process, 56, 819-834.

Tomm, K. (1987). Interventive interviewing: Part II. Reflexive questioning as a means to enable self-healing. Family Process, 26, 167-183.

Zatloukal, L., Žákovský, D., & Bezdíčková, E. (2019). Utilizing Metaphors in Solution-Focused Therapy. Contemporary Family Therapy, 41, 24-36.