Intervenção Sistémica em Doença Mental e na Comunidade

Conhecimentos de Base Recomendados

Os/as alunos/as deverão ter bons conhecimentos de língua inglesa (leitura) considerando que muitas referências bibliográficas são em inglês.

Métodos de Ensino

Ensino teórico e prático: análise e discussão de relatos de casos e de elementos teóricos trazidos pela docente e/ou pelos/as alunos/as; realização de exercícios práticos (domínio do pensamento sistémico e de modelos e técnicas de intervenção) e de role-playing para treino de competências de intervenção sistémica. Sempre que possível, serão convidados/as especialistas (clínicos ou investigadores) nas áreas de intervenção sistémica referidas nos conteúdos programáticos. 

Resultados de Aprendizagem

Adquirir conhecimentos teóricos, empíricos e competências clínicas para trabalhar sistemicamente: i) em perturbações de saúde mental (e.g., perturbações alimentares, perturbações de ansiedade), ii) em contextos familiares problemáticos e de risco (e.g., violência familiar, famílias migrantes), iii) em contextos comunitários (e.g., sistema escolar, comunidades pobres) e d) noutros desafios atuais(e.g., homoparentalidade, famílias e TICs). Deste modo, espera-se que os/as estudantes aprofundem uma compreensão sistémica e ecopsicopatológica que tenha em conta a influência recíproca entre o indivíduo e os diversos sistemas envolvidos (e.g., familiar, escolar, serviços sociais) e, consequentemente, sejam capazes de formular juízos clínicos e um diagnóstico relacional para intervir sistemicamente com base em opções teóricas e clínicas empiricamente suportadas.

Estágio(s)

Não

Programa

1. Intervenção sistémica em saúde mental: a) perturbações do humor e ansiedade (e.g., depressão, fobias, perturbação de pânico); b) perturbações do comportamento alimentar (e.g., anorexia, bulimia).

2. Intervenção sistémica em contextos familares problemáticos e de risco: a) adolescentes desafiantes e suas famílias; b) violência e abuso familiar; c) famílias migrantes; d) clientes involuntários/mandatados.

3. Intervenção sistémica em contextos comunitários: a) interface escola/família e sintoma escolar; b) redes primária, secundária e mista; c) terapia familiar comunitária com famílias desfavorecidas/pobres.

4. Desafios sistémicos num mundo em mudança: a) homoparentalidade; b) famílias e TICs; c) adultez emergente e envelhecimento; d) crise macroeconómica.  

Métodos de Avaliação

Avaliação
Trabalho individual de análise de um caso clínico para elaboração de uma compreensão sistémica (hipótese sistémica) e formulação de um plano de intervenção (contrato terapêutico): 30.0%
Trabalho de grupo com a análise de um dos filmes selecionados pela docente com base numa grelha de questões predefinidas, caso a caso, e que permitam explorar leituras compreensivas e competências de intervenção: 30.0%
Mini Testes: 40.0%

Bibliografia

Breunlin, D. C., Schwartz, R. C., & Kune-Karrer, B. M. (2001). Metaframeworks: Transcending the models of family therapy (2nd ed.). Jossey-Bass.

Carr, A. (2009). The effectiveness of family therapy and systemic interventions for adult-focused problems. Journal of Family Therapy, 31, 46-74.

Imber-Black, E. (1988). Families and larger systems: A family therapist’s guide through the labyrinth. Guilford.

Medina, R., Laso, E., & Hernández, E. (2014). Pensamento sistémico. Nuevas perspetivas y contextos de intervención. Lítteris.

Pereira, R., & Linares, J. (2018). Clinical interventions in systemic couple and family therapy. Springer.

Pinsof., W. M., Breunlin, D. C., Russell, W. P., Lebow, J., Rampage, C., & Chambers, A. L., (2018). Integrative systemic therapy: Metaframeworks for problem solving with individuals, couples, and families. APA.

elvas, A.P. & Sotero, L (2014). Familias obligadas, terapeutas forzosos. La alianza terapéutica en contextos coercitivos. Editora Morata