Introdução à Antropologia Médica

Ano
2
Ano lectivo
2023-2024
Código
01015744
Área Científica
Antropologia Biológica
Língua de Ensino
Português
Modo de Ensino
Presencial
Duração
Semestral
Créditos ECTS
3.0
Tipo
Obrigatória
Nível
1º Ciclo - Licenciatura

Conhecimentos de Base Recomendados

NA

Métodos de Ensino

  As leituras propostas no programa correspondem às temáticas abordadas semanalmente. Nas aulas a participação dos alunos via discussão ou no grupo de trabalho permitirá oportunidades para aprendizagem, possibilitando que outras experiências e perspetivas sejam debatidas. Intenta-se fomentar o intercâmbio de ideias e a construção de argumentos académicos sólidos.

Resultados de Aprendizagem

Pretende-se introduzir os alunos às principais teorias e conceitos da antropologia médica.

Aprofundar-se-á análise processual da saúde e doença, bem como de conceitos/instrumentos chave como estigma, pluralismo médico, grupo de gestão terapêutica, itinerário terapêutico, violência estrutural.

Ressalta-se a conceptualização da doença num contexto onde fatores culturais, sociais, políticos, económicos e históricos se entrelaçam e ilustram como a experiência local da doença amiúde se relaciona com estruturas globais.

Aluno no final deve compreender: o cariz vincadamente interdisciplinar da antropologia médica; instrumentos metodológicos; dominar as principais abordagens teóricas e conceitos-chave; apreender diferenças e similitudes entre a biomedicina e outras tradições terapêuticas; atentar à importância de fatores sociais, culturais, políticos, económicos e estruturais para a experiência da doença e desigualdade na incidência da doença e da disponibilidade de terapêuticas biomédicas. 

Estágio(s)

Não

Programa

Abordar-se-á como factores sociais, culturais, económicos, políticos, influem na experiência da doença e modelam uso de tradições médicas, incluindo biomedicina e negociação da cura. Considera-se biomedicina como ciência historicamente construída e importância das suas teorias e práticas para expansão e acção global. Atenta-se ainda como desigualdade de quem adoece ou tem saúde; do acesso a cuidados especialistas têm histórias de relações de poder que vão além da vulnerabilidade ou comportamentos de risco.

Temáticas dadas incluem teorias locais sobre experiências da doença; papel de familiares/comunidade na sua gestão; efeito placebo; processo de cura e problema da eficácia;economia política da saúde e distribuição da doença, causas, consequências; papel da medicina na construção do corpo colonial e como acções coloniais foram base para saúde global. Relação global/local é vista através do estudo de epidemias, abordando-se a nova pesquisa biomédica em diferentes contextos geográficos.

Docente(s) responsável(eis)

Cristina Maria Proença Padez

Métodos de Avaliação

Avaliação
Frequência: 50.0%
Trabalho de síntese: 50.0%

Bibliografia

 Biehl, J. 2007, Will to Live: AIDS Therapies and the Politics of Survival. Princeton: Princeton University Press.

Fadiman, Anne. 1998, The Spirit Catches You and You Fall Down: A Hmong Child, Her American Doctors, and the Collision of Two Cultures. NY, Noonday Press.

Farmer, Paul. 2004, Pathologies of Power: Health, Human Rights, and the New War on the Poor. Berkeley: University of California Press.

Feierman, S.; Jazen, J.M.. 1992, The social basis of health and healing in Africa, Berkeley: University of California Press.

Michel Foucault. 1980. Power/Knowledge: Selected Interviews and Other Writings 1972/1977. (Ed) Colin Gordon. NY,Pantheon.

Good B. 1994, Medicine, Rationality, and Experience. Cambridge: Cambridge University Press.

Hahn, Robert A. (ed), 1999, Anthropology in Public Health-Bridging Differences in Culture and Society, NY, Oxford University Press.

Kleinman, A. 1995. Writing at the Margin: Discourse between Anthropology and Medicine. Berkeley: University of California Press,

Petryna, Adriana. 2009. When Experiments Travel: Clinical Trials and the Global Search for Human Subjects. Princeton: Princeton University Press.