Antropologia e Saúde Global

Ano
1
Ano lectivo
2019-2020
Código
02030937
Área Científica
Antropologia Social e Cultural
Língua de Ensino
Português
Modo de Ensino
Presencial
Duração
Semestral
Créditos ECTS
6.0
Tipo
Opcional
Nível
2º Ciclo - Mestrado

Conhecimentos de Base Recomendados

 Licenciatura.  

Métodos de Ensino

Aulas são teórico-práticas com exposição teórica da matéria e discussão com os
alunos de diferentes abordagens na antropologia médica, e visualização de filmes e documentários que ilustrem as temáticas abordadas.  

Resultados de Aprendizagem

Este curso visa uma introdução à Antropologia da Saúde e ao novo paradigma da Saúde Pública Global. Pretende-se alertar o aluno para a variedade de fatores que, além dos processos físicos e biológicos, moldam e influenciam a perceção e experiência de doença, a noção de “azar” na contração de uma condição de doença, e de como estes influenciam também o processo de diagnóstico e o subsequente uso das diferentes tradições médicas inerentes às populações quer dos contextos em desenvolvimento, quer ocidentais. O curso permitirá ainda focar a emergência do novo paradigma da Saúde Global, consequência da globalização e da emergência de novos atores que alteraram o cenário da saúde internacional, compreendendo forças históricas, sociais, políticas e económicas que influenciam de forma transversal os padrões de doença, mortalidade e morbilidade. Por último, pretende-se fornecer instrumentos úteis à melhoria dos programas públicos de saúde.

Estágio(s)

Não

Programa

Pretende-se mostrar a complexidade da relação com corpo, dos problemas de saúde – doença, sofrimento ou infortúnio –, como são vivenciados e como definem escolhas terapêuticas. Aprofundar-se-à conceitos de bem-estar/doença, corpo/mente, estigma e risco, comunidade e modelos explicativos não-biológicos para apreender a importância da cultura em situações problemáticas.
Ao considerar o carácter cultural e histórico das tradições médicas, privilegiar uma análise diacrónica de programas (verticais e horizontais) biomédicos e/ou de pesquisa em contextos em desenvolvimento pretende-se melhor compreender a complexidade de situações de terreno onde se encontram ‘novos’ actores globais e velhas hierarquias estruturais (da medicina colonial até saúde global).
A relação o  local/globais é vista através do estudo de pandemias como HIV-SIDA, Malária, TB, Doenças da Pobreza/Negligenciadas, bem como pesquisa biomédica em diferentes contextos geográficos.

Docente(s) responsável(eis)

Jorge Filipe Sousa Varanda Preces Ferreira

Métodos de Avaliação

Avaliação
Trabalho de investigação: 100.0%

Bibliografia

1.   Good, Byron J., et al., 2010, A Reader in Medical Anthropology, Wiley-Blackwell: London.

2.  Hahn, R.A. (ed), 1999 Anthropology in Public Health-Bridging Differences in Culture and Society, Oxford: Oxford University Press.

3.  Feierman S. and Jazen J.(ed), 1992 - The social basis of health and healing in Africa, Berkeley: University of California Press.

4.  Ellen E. Foley, 2010, Your Pocket is What Cures You: The Politics of Health in Senegal, New Jersey: Rutgers University Press.

5.  Justice, J., 1986, Policies, Plans, and People: foreign aid and health development, Berkeley, University of California Press.

6.  Cueto, Marcos. 2007. Cold War, Deadly Fevers: Malaria Eradication in Mexico, 1955- 1975. Baltimore: Johns Hopkins University Press.

7. Farmer, Paul, 2010, Partner to the Poor.  Berkeley: University of California Press.

8. Petryna, Adriana. 2009. When Experiments Travel: Clinical Trials and the Global Search for Human Subjects. Princeton: Princeton University Press.

9. Giles-Vernick,T.; Webb, J, 2013,  Global Health in Africa, Ohio Press

10. Prince; Marsland,R, 2014, Making and Unmaking Public Health in Africa, Ohio Pres.