Cultura e Cognição

Ano
3
Ano lectivo
2015-2016
Código
01002358
Área Científica
Antropologia
Língua de Ensino
Português
Modo de Ensino
Presencial
Créditos ECTS
6.0
Tipo
Opcional
Nível
1º Ciclo - Licenciatura

Conhecimentos de Base Recomendados

História e teoria da antropologia, epistemologia, conhecimentos de inglês (leitura).

Métodos de Ensino

NA

Resultados de Aprendizagem

O aluno deverá ser capaz de:

(1) Adquirir competências críticas que lhe permitam compreender conceitos e circunscrições temáticas da antropologia no que diz respeito ao problema da cognição. Serão aspetos a considerar, entre outros, o debate que fez opor Marshall Sahlins a Gananath Obeyesekere, a importância que a relação entre cultura e cognição teve e tem na constituição da disciplina e de que forma é que um conjunto de representações e disposições práticas adquiridas modela e é modelado por aquilo que é parte de uma arquitetura mental-neuronal-corporal inata.

(2) Adquirir competências que lhe permitam compreender porque é que não há cultura sem cognição, nem cognição sem cultura, conseguindo problematizar esta mesma circularidade processual tendo em conta, não só um conjunto de reflexões propostas por diversos antropólogos (desde os evolucionistas até Clifford Geertz), como também as relações contemporâneas entre antropologia e ciência cognitiva.

Estágio(s)

Não

Programa

O programa desenvolve um percurso em torno de algumas aquisições conceptuais e circunscrições temáticas da disciplina no que diz respeito ao problema da cognição. Pretende-se abordar este problema tendo em conta três vértices principais:
1. Mostrar como é que o problema foi objecto de reflexão aturada por parte dos antropólogos desde, pelo menos, os evolucionistas até C. Geertz;
2. Mostrar como a incorporação da antropologia no campo daquilo a que viria a ser apelidado de “a nova ciência da mente” (Gardner, 2002), a ciência cognitiva, produziu respostas que devem ser diferencialmente avaliadas;
3. Mostrar como, contemporaneamente, pensamos o problema, fazendo-o situar em muito do que nos terá ensinado a ciência cognitiva, mas incluindo elementos que resultam das críticas (algumas delas particularmente severas e radicais) àquele campo interdisciplinar com o qual a antropologia não manteve uma relação sempre fácil ou produtiva por razões históricas que serão pontualmente afloradas.

Métodos de Avaliação

Avaliação por exame
Exame: 100.0%

Avaliação contínua
Frequência: 50.0%
Três ensaios: 50.0%

Bibliografia

Quintais, Luís (2010), Cultura e cognição. Coimbra: Angelus Novus (Biblioteca Mínima).

Sperber, Dan (1996 [1984]), “Anthropology and psychology: towards an epidemiology of representations”, in Explaining culture: a naturalistic approach. Oxford: Blackwell [capítulo 3; pp. 56-76].

Whitehouse, Harvey (2001), The debated mind: evolutionary psychology versus ethnography. Oxford: Berg.