Arte na Construção da Europa Medieval

Conhecimentos de Base Recomendados

NA

Métodos de Ensino

Aulas teórico-práticas. Os conteúdos teóricos são invariavelmente acompanhados pela exposição de imagens servindo de suporte a períodos de reflexão e debate informado (através da disponibilização antecipada de textos de referência) onde, pelo estímulo a uma intervenção ativa por parte dos alunos, se promove o raciocínio crítico. A aprendizagem será complementada, sempre que possível, através de visitas de estudo.

Resultados de Aprendizagem

A unidade curricular tem como objectivo fundamental prover os alunos dos conhecimentos necessários para a identificação e compreensão das principais expressões artísticas ocorridas na arte ocidental, numa cronologia balizada, de forma relativa, entre os séculos VI e XIII.

A partir de uma abordagem abrangente e transversal promove-se, por um lado, o  entendimento de um quadro múltiplo e complexo, naturalmente dependente de contextos geográficos, históricos e culturais diversos, por outro, a noção da falência dos mecanismos de leitura tradicionais, ancorados em definições estilísticas redutoras e cronologias estanques.

No final do semestre o aluno deve saber:

- identificar e interpretar as prinicipais manifestações artísticas deste período; 

- identificar os principais problemas/discussões com ele relacionados;

- organizar e exprimir com clareza e rigor os conhecimentos adquiridos;

- situar e manusear a bibliografia fundamental.

Estágio(s)

Não

Programa

1. Arte da Alta Idade Média.

Construção historiográfica e desenvolvimento histórico-artístico. A falência dos rótulos.

A Cristianização do ocidente bárbaro. Experiências visigóticas.

A "renovatio" artística carolíngia

A arte na Hispânia pré-românica. Especificidades da “arte asturiana” e confluências artísticas e culturais em contexto moçárabe.

2. Depois do ano mil: uma Europa coberta por um "manto branco de igrejas".

A monumentalidade; a pedra; a centralidade do culto na vivência românica.

A cultura feudal: senhores e vassalos; oferendas e intercessões.

Rituais e cultos: a morte, o juízo final, os santos e as relíquias.

Dinâmicas de produção, encomenda e recepção. O rei, os monges, as igrejas dos caminhos de peregrinação.

O concílio de Burgos e imposição do rito romano. O papel de Cluny.

3. Arte e arquitetura na "construção" de territórios. As dioceses portuguesas e as catedrais românicas.

Docente(s) responsável(eis)

Joana Filipa da Fonseca Antunes

Métodos de Avaliação

Avaliação final
Exame: 100.0%

Avaliação contínua
Mini Testes: 100.0%

Bibliografia

ALMEIDA, C. A. F. de, História da Arte em Portugal. O Românico,  Lisboa, Alfa, 1986.

BARRAL I ALTET, X., O Mundo Românico. Cidades, Catedrais e Mosteiros, Colónia, Taschen, 1999.

CONANT, K. J., Arquitectura Carolíngia y Románica 800/1200, trad. esp., Madrid, Ediciones Cátedra, 1995.

DUBY, G., LACLOTTE, M., História Artística da Europa. A Idade Média, Lisboa, Quetzal, 1997, vol. I.

DUBY, G., O Tempo das Catedrais. A Arte e a Sociedade (980-1420), Lisboa, Estampa, 1979.

FOCILLON, H., Arte do Ocidente: A Idade Média Românica e Gótica, Lisboa, Estampa, 1980.

GRAF, G., Portugal Roman, Yonne, Zodiaque, 1986-1987

KUBACH, H. E., Arquitectura Românica, Madrid, Aguilar, 1977.

LASKO, P., Arte Sacro. 800-1200, Madrid, Cátedra, 1999.

RODRIGUES, J., “O mundo românico”, in História da Arte Portuguesa, vol. I, dir. P. Pereira, Lisboa, Círculo de Leitores, 1995.

TOMAN, R. (ed), O Românico. Arquitectura. Escultura. Pintura, Colónia, Könemann, 2000.

TORVISO, B., El prerrománico en Europa, Madrid, 1990.