Literatura Portuguesa Medieval
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2017-2018
01012369
Área Científica do Menor
Português
Presencial
Semestral
6.0
Opcional
1º Ciclo - Licenciatura
Conhecimentos de Base Recomendados
Não aplicável.
Métodos de Ensino
Exposição teórica coordenada com a abordagem histórico-culturalmente contextualizada de textos ilustrativos dos momentos literários a tratar na disciplina, não esquecendo a respetiva integração e receção peninsular e europeia. Discussão de diferentes perspetivas teóricas adotadas pela bibliografia crítica. Exploração hermenêutica de textos medievais nas suas diversas vertentes significativas, com metodologias apoiadas em ciências auxiliares. Pequenas exposições apresentadas pelos alunos, também encaminhados para temas de pesquisa no âmbito do programa. Uso de recursos on-line.
Resultados de Aprendizagem
O curso pretende:
1) que os alunos adquiram um quadro de referência que lhes permita ultrapassar o estranhamento inicial face a objetos literários marcados pela grande distância temporal e cultural que separa a atualidade da Idade Média;
2) suscitar neles a curiosidade e capacidade de fruição relativamente a textos e temáticas medievais;
3) proporcionar-lhes um entendimento da Literatura Medieval Portuguesa nas suas especificidades, nas suas articulações peninsulares e na sua integração e tensão com a(s) mundividência(s) europeia(s) da época;
4) familiarizá-los com conceitos, metodologias e perspetivas apoiadas em disciplinas auxiliares que possam fundamentar uma abordagem frutuosa e culturalmente válida de outras obras da mesma época com que venham a entrar em contacto fora do âmbito da unidade curricular.
Estágio(s)
NãoPrograma
Abordagem panorâmica da Literatura Portuguesa desde os primeiros textos trovadorescos no vernáculo do ocidente peninsular até à poesia tardo medieval do Cancioneiro Geral, e integração no contexto peninsular e europeu. Privilegiando a produção e circulação literária em âmbito laico, serão definidos dois grandes momentos: o primeiro, correspondente ao apogeu da sociedade feudal, refletindo o multifacetado imaginário cortês e cavaleiresco da nobreza; e o segundo, suscitado pelas mutações sócio-políticas do séc. XIV, respondendo a uma nova ideologia de centralização em que a corte régia, burocrática e palaciana, se apropria da literatura como veiculo de afirmação de autoridade e de encenação de novas formas de sociabilidade. Será dado um destaque particular à vivência da cultura escrita no mundo de matriz e valores senhoriais, e à complementaridade funcional das suas caracterizadas criações literárias nos campos da lírica trovadoresca, da historiografia e do romance arturiano.
Docente(s) responsável(eis)
Ana Maria Silva Machado
Métodos de Avaliação
Avaliação contínua
Mini Testes: 25.0%
Outra: 25.0%
Frequência: 50.0%
Avaliação final
Exame: 100.0%
Bibliografia
Amado,T.(1991). Fernão Lopes contador de história. Sobre a «Crónica de D. João I». Lisboa: Estampa
Ferreira,M. R.(1999). Águas Doces, Águas Salgadas. Da funcionalidade dos motivos aquáticos na “Cantiga de Amigo”. Porto: Granito
Ferreira,M. R.(2010). O Contexto Hispânico da Historiografia Portuguesa nos Séculos XIII e XIV.Coimbra:Imprensa da Universidade
Laranjinha,A. S.(2010). Artur, Tristão e o Graal - a escrita romanesca no ciclo do Pseudo-Boron. Porto:Est. Criativas
Mattoso,J.(2009). Naquele Tempo. Ensaios de História Medieval. Lisboa:Círculo de Leitores
MIranda,J. C.(1998). Galaaz e a ideologia da Linhagem. Porto: Granito
Miranda,J. C.(2005). Aurs mesclatz ab argen. Porto: Guarecer
Moreira,F. A.(2013). A Crónica de Portugal de 1419. Fontes, Estratégias e Posteridade. Lisboa:Gulbenkian
Oliveira,A. R.(2001).O Trovador galego-português e o seu mundo. Lisboa: Notícias
Tavani,G.(2002). Trovadores e jograis: introdução à poesia medieval galego-portuguesa. Lisboa:Caminho