Literatura Isabelina

Conhecimentos de Base Recomendados

Não aplicável.

Métodos de Ensino

Algumas aulas expositivas, nomeadamente no que diz respeito ao contexto histórico e ao enquadramento teórico da cadeira; aulas centradas na análise, comentário e discussão de textos primários e/ou críticos.

Resultados de Aprendizagem

Pretende-se familiarizar os/as alunos/as com a cultura e a literatura da convencionalmente denominada “Elizabethan Golden Age”, através da leitura de poemas e de textos dramáticos dos autores canónicos, em particular William Shakespeare. Os textos literários em análise serão discutidos em articulação com as questões políticas e os eventos históricos que marcaram a época em causa. A leitura de um texto literário em contexto histórico específico e a sua articulação com convenções herdadas serão objeto de análise. Pretende-se ainda a criação da consciência da plurissignificação dos textos e da historicidade do próprio ato de leitura, desde a receção coeva até o presente.

Estágio(s)

Não

Programa

Shakespeare em contexto

Partindo da Antologia de Literatura Isabelina constante na bibliografia, o curso começa por discutir as relações intertextuais de poemas e textos dramáticos que se tornaram canónicos com as convenções poéticas e dramatúrgicas anteriores.

Será dada particular atenção a William Shakespeare, particularmente aos sonetos e peças que lhe garantiram a centralidade no Cânone Ocidental. Seguindo Harold Bloom(1999), a reflexão e a discussão será centrada no lugar de Shakespeare na criação da subjetividade (europeia) moderna, com efeitos no mundo globalizado contemporâneo, para o que se recorrerá a reescritas atuais dos textos shakespearianos.

A criação da subjetividade – ou a “invenção do humano” – terá em consideração vertentes como a identidade sexual, a alteridade, ou as “nações” em presença. As relações de poder, a sexualidade e o confronto com a morte serão os três núcleos temáticos centrais.

Docente(s) responsável(eis)

Manuel José de Freitas Portela

Métodos de Avaliação

Avaliação final
Exame: 100.0%

Avaliação contínua
Outra: 25.0%
Mini Testes: 25.0%
Frequência: 50.0%

Bibliografia

Bloom, Harold (1999). Shakespeare:  The Invention of the Human. New York: Riverhead Books;

Garber, Marjorie (2004). Shakespeare After All. New York: Random House

Greenblatt, Stephen (2005). Renaissance Self-Fashioning. From More to Shakespeare. Chicago & London: The University of Chicago Press;

Hawkins, Harriet (1990). Classics and Trash: Traditions and Taboos in High Literature and Popular Modern Genres. New York: Harvester Wheatsheaf;

Hollander, John & Kermode, Frank (1973). The Literature of Renaissance England. Oxford: Oxford University Press.