Desenvolvimento Profissional e Pessoal em Psicoterapia Sistémica e Familiar

Ano
4
Ano lectivo
2017-2018
Código
02018035
Área Científica
Psicologia
Língua de Ensino
Português
Modo de Ensino
Presencial
Duração
Semestral
Créditos ECTS
4.0
Tipo
Obrigatória
Nível
2º Ciclo - Mestrado

Conhecimentos de Base Recomendados

Recomenda-se a frequência, com aprovação, das u.c.s do 1º semestre da sub-área de especialização Psicoterapia Sistémica e familiar. O aluno deve ter bons conhecimentos de língua inglesa (leitura) considerando que muitas referências bibliográficas são em inglês.

Métodos de Ensino

Ensino teórico-prático com recurso a métodos expositivos, discussão de casos e outros materiais clínicos (p.ex. vídeos) articulados com métodos activos (p.ex. simulação de sessões terapêuticas) para treino de competências e experienciação de movimentos e processos auto-referenciais. Deste modo, esta a U.C. funciona como um “laboratório” do trabalho clínico.

Resultados de Aprendizagem

A u.c., lecionada com base no modelo de terapia familiar desenvolvido pela docente (Terapia da curiosidade – modelo integrativo), tem como objetivo geral desenvolver nos estudantes uma identidade profissional enquanto terapeutas familiares sistémicos. Devem adquirir competências práticas sobre como gerir processos terapêuticos e a prática profissional. Devem ser capazes de avaliar o papel dos valores pessoais, crenças e estilo relacional interpessoal no trabalho terapêutico, bem como a maneira como a sua história pessoal e familiar modela a sua prática clínica. Devem aprender a utilizar o self na terapia. Devem adquirir competências associadas aos aspectos éticos e legais relacionados com a prática terapêutica numa perspetiva familiar e sistémica.

Estágio(s)

Não

Programa

Introdução: Vertentes ética, estética e pragmática na psicoterapia familiar e sistémica. Aspectos éticos e legais

1. Treino de competências na entrevista individual, de casal e familiar

1.1. Da criação e manutenção do contexto terapêutico à definição da relação terapêutica omnidirigida; estrutruração da entrevista e relação permanente avaliação-intervenção

1.2. A co-terapia: dificuldades e potencialidades;

1.3. A supervisão

2. Treino de técnicas sistémicas para promover a mudança

2.1. A co-construção da mudança: negociação de objectivos, aplicação das técnicas decorrentes de diferentes modelos

2.2. Aspectos particulares: emprego de perguntas circulares, metáforas e linguagem analógica; reenquadramento e desconstrução; reflecting team e “como se”; criatividade e sentido de humor

3. A pessoa do terapeuta.

3.1. Ressonâncias e trabalho pessoal sobre a família de origem do terapeuta; o ajuste clientes-terapeuta

3.2. À descoberta do estilo pessoal do terapeuta: competências e atitudes

Docente(s) responsável(eis)

Luciana Maria Lopes Sotero

Métodos de Avaliação

Periódica
Construção da caixa de ferramentas sistémicas ou realização e análise reflexiva do genograma pessoal ou genealogia familiar: 20.0%
Trabalho laboratorial ou de campo: 30.0%
Mini Testes: 50.0%

Final
Exame: 100.0%

Bibliografia

Anderson, H. (2012). Collaborative Relationships and Dialogic Conversations: Ideas for a Relationally Responsive Practice. Fam. Proc., 51 (1), 8-24.

Andersen, T. (1987). The reflecting team: Dialogue and meta-dialogue in clinical work. Fam. Proc., 26, 415-428.

Ausloos, G. (1999). A competência das famílias: tempo, caos e processos. Lisboa: Climepsi.

Haber, R. (1990). From handicap to handy capable: Training therapists in use of self. Fam. Proc., 29 (4), 375-384.

Keeney, B. (1992). La improvisación en psicoterapia. Guía práctica para estrategias clínicas creativas. Barcelona: Paidós.

Real, T. (1990). The therapeutic use of self in constructionist systemic therapy. Fam. Proc., 29 (3), 255-272.

Relvas, A. P. (2003). Por detrás do espelho. Da teoria à terapia com a família. Coimbra: Quarteto. Roberts, J. (2005). Transparency and Self-Disclosure in Family Therapy: Dangers and Possibilities. Fam. Proc., 44, 1, 45-63.