Fundamentos da Psicoterapia Sistémica: Teoria e Investigação

Conhecimentos de Base Recomendados

Recomenda-se a frequência com aprovação nas seguintes u.c.s do 1º ciclo de estudos: Psicologia da Família (optativa); Modelos Sistémicos e Modelos Dinâmicos (obrigatória, 3º ano, 1º semestre). O aluno deve ter bons conhecimentos de língua inglesa (leitura) considerando que muitas referências bibliográficas são em inglês.

Métodos de Ensino

Ensino teórico/prático com recurso a metodologias expositivas e ativas, fomentando sempre a articulação entre conteúdos teóricos e a sua aplicação, através da realização de exercícios reflexivos; todo o material é fornecido previamente à leccionação das aulas, estimulando-se a pesquisa e pensamento crítico.

Resultados de Aprendizagem

Objetivos: Conhecimento e compreensão crítica dos pressupostos teóricos e conceitos subjacentes à psicoterapia sistémica bem como da evidência científica que a suporta. Implicações na avaliação e intervenção.

 Resultados da aprendizagem: ser capaz de 1) identificar um sistema enquanto a) objeto de compreensão/intervenção e b) de o descrever em termos estruturais e funcionais; 2) analisar o seu funcionamento, processos de comunicação perspetivar a mudança; 3) avaliar uma situação psicopatológica em termos relacionais e ecossistémicos, desconstruir problemas em termos de visões múltiplas e de os reenquadrar; 4) construir hipóteses sistémicas e, a partir daí, identificar abordagens terapêuticas; 6) analisar criticamente a evidência empírica no domínio e retirar implicações.

Estágio(s)

Não

Programa

1. Paradigma sistémico: bases teóricas

1.1. Teoria dos Sistemas. Definição, propriedades e estrutura dos sistemas 

1.2. Cibernética(s). Funcionamento e mudança nos sistemas. A evolução da metáfora cibernética, articulação com os paradigmas construtivista e construcionista

1.3. Pragmática da Comunicação Humana: princípios gerais e axiomática

2. Paradigma sistémico: conceitos

2.1. Complexidade e interação

2.2. Mudança, visões múltiplas e reenquadramento

2.3. Psicopatologia ecossistémica

3.  Implicações do paradigma sistémico na avaliação e intervenção

3.1. A hipótese sistémica

4. Evidência científica: validação empírica da psicoterapia sistémica

4.1. Estudos de eficácia e de processo: meta-análises e estudos de revisão sistemática

4.2. Estudos sobre os fatores comuns em terapia e o caso particular da psicoterapia sistémica e familiar 

Docente(s) responsável(eis)

Ana Paula Pais Rodrigues Fonseca Relvas

Métodos de Avaliação

Avaliação
Os alunos deverão realizar um trabalho individual (60%) com carácter de continuidade no qual analisam de modo crítico e teoricamente fundamentado os exercícios práticos e conteúdos abordados nas aulas. A segunda componente de avaliação, consiste na realização de um trabalho de grupo com apresentação na sala de aula sobre as temáticas do programa (40%): 100.0%

Bibliografia

Adler, R., & Rodman, G. (2006). Understanding human communication. Oxford: Oxford UP.

Anderson, H. & Goolishian. H. (1989). Human systems as linguistic systems: Preliminary and evolving ideas about the implications for clinical therapy. Fam. Proc., 27, 371-393.

Morin, E. (1992). Introduction à la pensée complexe. Paris: ESF.

Relvas, A. P. (2000). Por detrás do espelho. Da teoria à terapia com a família. Coimbra: Quarteto.

Relvas, A. P., & Major, S. (coords.) (2014). Avaliação Familiar. Funcionamento e Intervenção (Vol. I), Coimbra: IUC http://dx.doi.org/10.14195/978-989-26-0841-9

Sprenkle, D., Davis, S., & Lebow J. (2009). Common Factors in Couple and Family Therapy: The Overlooked Foundation for Effective Practice. NY: Guilford.

Vilaça. M. & Relvas, A. P. (2014). The State of the Art in Family Therapy Research: What Works? How it Works? International Journal of Social Sciences Studies, 2, 10-19.