Antropologia Aplicada à Saúde Pública e à Clínica

Ano
1
Ano lectivo
2014-2015
Código
03011849
Área Científica
Antropologia Biológica
Língua de Ensino
Português
Modo de Ensino
Presencial
Duração
Semestral
Créditos ECTS
6.0
Tipo
Opcional
Nível
3º Ciclo - Doutoramento

Conhecimentos de Base Recomendados

Os estudantes devem dominar a língua inglesa para a leitura de bibliografia.

Métodos de Ensino

Aulas são teórico-práticas com exposição teórica da matéria e discussão com os alunos de diferentes abordagens na antropologia médica, e visualização de filmes e documentários da internet que ilustrem as temáticas abordadas.

Espera-se a participação activa por parte dos alunos nas aulas e nos seminários.

Resultados de Aprendizagem

Esta unidade curricular é uma introdução à antropologia da saúde. Pretende-se alertar o aluno para a miríade de factores, além de processos físicos e biológicos, que moldam a percepção e experiência da doença e infortúnio e que moldam os diagnósticos, consequente uso de várias tradições médicas e determinação de cura, aqui concebida num sentido mais amplo que o biológico.
Através da análise de estudos de caso abordar-se-á as principais teorias e metodologias, prestando particular atenção às temáticas experiência da doença, sofrimento, infortúnio e as diversas tradições médicas utilizadas por populações em contextos em desenvolvimento e ocidentais. Pretende-se ainda atentar como este campo do conhecimento pode contribuir para uma melhoraria de programas de saúde pública.

Estágio(s)

Não

Programa

Pretende-se mostrar a complexidade dos problemas de saúde e corpóreos – doença, sofrimento ou infortúnio – são vivenciados e como definem escolhas terapêuticas. Aprofundar-se-á conceitos de bem-estar/doença, corpo/mente, estigma e risco, comunidade e modelos explicativos não-biológicos para apreender a importância da cultura em situações problemáticas.

Ao considerar o carácter cultural e histórico das tradições médicas, privilegiar uma análise diacrónica de programas (verticais e horizontais) biomédicos e/ou de pesquisa em contextos em desenvolvimento pretende-se melhor compreender a complexidade de situações de terreno onde se encontram ‘novos’ actores globais e velha hierarquias estruturais (da medicina colonial até saúde global). A relação o local/globais é vista através do estudo de pandemias como HIV-SIDA, malária, TB, doenças da pobreza, negligenciadas em diferentes contextos geográficos.

Docente(s) responsável(eis)

Jorge Filipe Sousa Varanda Preces Ferreira

Métodos de Avaliação

Avaliação
Apresentação de um trabalho escrito individual: 100.0%

Bibliografia

1. Byron J. Good, Michael M. J. Fischer, Sarah S. Willen and Mary-Jo DelVecchio Good, 2010, A Reader in Medical Anthropology: Theoretical Trajectories, Emergent Realities, Wiley-Blackwell: London.

2. Robert A. Hahn (ed), 1999 - Anthropology in Public Health-Bridging Differences in Culture and Society, Oxford: Oxford University Press.

3. Steven Feierman and John M. Janzen (ed), 1992 - The social basis of health and healing in Africa, Berkeley: University of California Press.

4. Ellen E. Foley, 2010, Your Pocket is What Cures You: The Politics of Health in Senegal, New Jersey: Rutgers University Press.

5. Bolton, R. e M. Singer, 1992, Rethinking AIDS Prevention: cultural approaches, New York, Gordon and Breach.

6. Justice, J., 1986, Policies, Plans, and People: foreign aid and health development, Berkeley, University of California Press.