Materialidades da Literatura I

Conhecimentos de Base Recomendados

Domínio da língua inglesa.

Métodos de Ensino

As sessões incluem exposição teórica, discussão e debate sobre os textos ou outros materiais propostos para cada sessão e apresentações orais das/os estudantes, assim como três trabalhos escritos.

 Esta metodologia poderá sofrer pequenas alterações, dependendo do/a docente responsável e do nº de participantes.

Resultados de Aprendizagem

a) Descrever e interrogar a noção de ‘materialidade’.
b) Descrever materialidades não-digitais da literatura, a partir de um corpus de obras e eventos centrais no panorama dos séculos XX e XXI.
c) Alargar o campo de referência da palavra ‘literatura’, abrindo-o a práticas experimentais, intermédia e performativas.
d) Reler textos, práticas e eventos do passado à luz deste paradigma.
e) Discutir a contribuição das Materialidades da Literatura para as novas Humanidades e para a Teoria da Literatura.

Estágio(s)

Não

Programa

O programa parte de uma reflexão sobre a noção de ‘materialidade’ e suas implicações para o estudo do fenómeno literário. Estabelece uma genealogia das materialidades da literatura, com especial ênfase na teoria dos média, nas materialidades da comunicação, na nova filologia e no pós-estruturalismo. O corpus estudado centra-se nos fenómenos da Voz, sobretudo quando mediada pela tecnologia, e da escrita produzida por tecnologias da inscrição anteriores à invenção do computador, com destaque para a Máquina de Escrever. Aborda-se, em perspetiva intermédia, a relação entre escrita e cinema (e, genericamente, entre escrita e imagem técnica) e a materialidade do livro, com especial atenção ao livro infantil.
1. O que é materialidade?
2. Genealogias teóricas das Materialidades da Literatura.
3. Materialidades não-digitais da literatura: a Voz, a escrita como inscrição (a máquina de escrever e a literatura moderna como tipografia).
4. Escrita e Cinema.
5. Materialidade do livro infantil.

Métodos de Avaliação

Avaliação
d) apresentação oral (10%); (e) participação oral nas sessões, incluindo a discussão dos trabalhos finais (10%): 20.0%
Trabalhos escritos: (a) recensão (20%); (b) ensaio breve (20%); (c) ensaio extenso (40%): 80.0%

Bibliografia

CHION, Michel (2013). L’écrit au cinema. Paris. Armand Colin.
DOLAR, Mladen (2006). A Voice and Nothing More. Cambridge. Massachusetts. MIT Press.
GROYS, Boris (2008). Bajo sospecha. Una fenomenologia de los médios. Valencia, Pre-textos.
GUMBRECHT, Hans Ulrich e PFEIFFER, K. Ludwig (1994). Materialities of Communication. Stanford. Stanford University Press.
GUMBRECHT, Hans Ulrich (2003). The Powers of Philology. Dynamics of Textual Scholarship. Urbana and Chicago. University of Illinois Press.
KITTLER, Friedrich A. (1999). Gramophone, Film, Typewriter. Stanford. Stanford University Press.
MITCHELL, W. J. T. and HANSEN, Mark B.N. (2010). Critical Terms for Media Studies. Chicago and London. The University of Chicago Press.
SÜSSEKIND, Flora e DIAS, Tânia (2004). A Historiografia Literária e as Técnicas da Escrita. Do Manuscrito ao Hipertexto. Rio de Janeiro. Edições Casa de Rui Barbosa.
ZUMTHOR, Paul (2005). Escritura e Nomadismo. São Paulo. Ateliê Editorial.