Estratégias de Mitigação do Risco

Conhecimentos de Base Recomendados

A formação base em Ciências do Risco, ou nas outras componentes disciplinares associadas ao ciclo de estudo facilita a aquisição de competências. A aquisição prévia de competências investigativas em ciências do risco, ciências naturais, ciências de engenharia, ciências sociais, ciências económicas e ciências jurídicas constitui elemento diferenciador para a aquisição das propostas curriculares. O conhecimento, nomeadamente a leitura fácil, da língua inglesa é fundamental. 

Métodos de Ensino

O trabalho está organizado em sessões presenciais, com uma breve apresentação expositiva, com recurso a meios audiovisuais e informáticos, e a subsequente discussão alargada e participada por parte dos estudantes. Os estudantes têm acesso prévio à bibliografia recomendada para cada sessão, organizada em bibliografia de afirmação e bibliografia de apoio. As sessões temáticas serão marcadas por metodologias de abordagem de discussão crítica, explorando referenciais bibliográficos e estudos caso.

Resultados de Aprendizagem

A proposta da unidade curricular assenta no conceito que os riscos resultam de interações entre o ambiente e as atividades humanas (I). Pretende-se promover o pensamento crítico e facilitar competências técnicas e instrumentos para pensar o planeamento do território e a gestão do risco(s), explicitando os conceitos teóricos, assunções e dimensões políticas subjacentes (II). A partir de análises semi-qualitativas e quantitativas, pretende-se identificar métodos e técnicas de salvaguarda, transferência e redução de impactos de acordo com o tipo de risco (III).

Espera-se que os alunos adquiram competências que lhes permitam utilizar e canalizar conhecimentos e metodologias para propor e avaliar estratégias de mitigação de risco e apoiar decisões relacionadas com o uso do solo, localização de instalações e equipamentos, entre outras, tendo em vista uma maior resiliência das populações (IV). Estimula-se a capacidade de avaliação de relações multi-direccionais e repercussões múltiplas (V).

Estágio(s)

Não

Programa

Identificar e analisar as opções alternativas para a mitigação do risco bem como a implementação de propostas de intervenção e acção em estudos de caso concretos, seus resultados e sua flexibilidade para ajustamentos ou redefinições (A). Parte-se de modelos sequenciais, desenvolvem-se modelos de gestão cíclicos e fundamentam-se as opções relacionadas com os modelos multi-nível. Nestes exercícios poderão ser usadas técnicas variadas, tais como a análise da vulnerabilidade sistémica e funcional, mecanismos de dominó potencial e análise de cenários, entre outras (B). Desenvolve-se a noção de ALARP e das condições de decisão individual e colectivas associadas. Definição de curvas equipotenciais do risco, e das metodologias de interacção usando matrizes de avaliação do risco (C). Relação com os conceitos de admissibilidade e tolerabilidade ao risco. Noção e exemplo de eficiência mitigadora associada com soluções de mitigação do risco (D).

Docente(s) responsável(eis)

Alexandre Manuel de Oliveira Soares Tavares

Métodos de Avaliação

Avaliação
Apresentações e nível de discussão : 30.0%
Relatório de seminário ou visita de estudo: 30.0%
Trabalho de síntese: 40.0%

Bibliografia

Birkmann, J. et al. (2010). Extreme events and disasters: a window of opportunity for change? Analysis of organizational, institutional and political changes, formal and informal responses after mega-disasters. Nat Hazards 55: 637–655.

Godschalk, D.R et al. - Natural Hazard Mitigation: Recasting Disaster Policy and Planning. Island Press, Washington, 1999, p. 575.

GAO - Natural Hazard Mitigation. Report to the ranking Member Committee on Financial Services, House of Representatives. US Government Accountability Office, Washington DC, 2007, p.69

IRGC (2005). Risk governance: Towards an integrative approach. White paper nº 1. Renn & Graham Annex. International Mechler, R. - Natural Disaster Risk and Cost-Benefit Analysis. In A. Kreimer et al. (eds). The Future of Disaster Risk: Building Safer Cities. World Bank, Washington DC, 2003, pp. 45-56

Risk Governance Council, IRGC, Geneve, 156p