Introdução às Paleodietas

Ano
1
Ano lectivo
2018-2019
Código
03002946
Área Científica
Antropologia Biológica
Língua de Ensino
Português
Modo de Ensino
Presencial
Duração
Semestral
Créditos ECTS
3.0
Tipo
Opcional
Nível
3º Ciclo - Doutoramento

Conhecimentos de Base Recomendados

Não há conhecimentos de base recomendados.

Métodos de Ensino

As aulas teóricas e práticas são dadas com recurso a apresentações em powerpoint, posteriormente disponibilizadas aos alunos. Nas aulas práticas os alunos têm a oportunidade de aplicar os conhecimentos que vão sendo adquiridos na resolução de casos práticos.

Resultados de Aprendizagem

Pretende-se que os alunos adquiram um conjunto de conceitos teóricos e práticos, sustentados em diversas áreas do saber, que lhes permita caracterizar a dieta das comunidades humanas do passado, tendo por base a análise dos seus restos ósseos. Encerrando a dieta uma componente biológica indissociável das expressões de natureza comportamental assume a maior relevância na compreensão do modo de adaptação dos indivíduos ao meio ambiente e, por conseguinte, dos padrões de subsistência perfilhados.

Serão apresentadas diferentes abordagens para perscrutar a dieta das populações humanas do passado. No domínio dos métodos directos é dado relevo às análises químicas dos ossos, mais concretamente às análises de oligoelementos e de isótopos estáveis de carbono e de azoto. Para além da percepção de toda a fundamentação teórica subjacente à aplicação destas técnicas directas, espera-se que os discentes sejam capazes de interpretar de forma credível os seus resultados.

Estágio(s)

Não

Programa

A importância da análise das paleodietas.

Diferentes abordagens às paleodietas: métodos indirectos e directos.

A dieta dos primeiros hominíneos: principais modificações.

O tecido ósseo.

A análise de oligoelementos: principais elementos indicadores da dieta. Fontes de variabilidade dos oligoelementos.

A análise de isótopos. A utilização dos isótopos de carbono na distinção de dietas baseadas em plantas dos tipos C3 e C4, em alimentos marinhos e terrestres e em recursos de água doce. Os isótopos de azoto na discriminação de dietas caracterizadas por plantas leguminosas e não leguminosas, por alimentos marinhos e terrestres, e por recursos de água doce. A influência de factores ambientais e a acção da diagénese na análise dos isótopos estáveis de carbono e de azoto.

A estriação dentária na inferência de dietas ricas em alimentos de origem vegetal ou animal.

Docente(s) responsável(eis)

Cláudia Isabel Soares Umbelino

Métodos de Avaliação

Avaliação
Resolução de problemas: 50.0%
Exame: 50.0%

Bibliografia

Richards, M. P. 2002. A brief review of the archaeological evidence for Palaeolithic and Neolithic subsistence. European Journal of Clinical Nutrition, 56: 1270-1278.

Richards, M. P.; Jacobi, R.; Cook, J.; Pettitt, P. B.; Stringer, C. B. 2005. Isotope evidence for intensive use of marine foods by Late Upper Palaeolithic humans. Journal of Human Evolution, 49: 390-394.

Richards, M. P.; Pettitt, P. B.; Trinkaus, E.; Smith, F. H.; Paunovic, M.; Karanovic, I. 2000. Neanderthal diet at Vindija and Neanderthal predation: the evidence from stable isotopes. Proceedings of the National Academy of Sciences, 97: 7663-7666.

Umbelino, C. 2006. Outros sabores do passado: as análises de oligoelementos e de isótopos estáveis na reconstituição da dieta das comunidades humanas do Mesolítico final e do Neolítico final/Calcolítico do território português. Dissertação de Doutoramento em Antropologia, Departamento de Antropologia, Universidade de Coimbra.