Arte e Cultura Moderna

Conhecimentos de Base Recomendados

Conhecimentos de língua portuguesa e de uma língua estrangeira, de preferência o inglês.

Métodos de Ensino

As aulas serão conduzidas num percurso pela modernidade artística do período situado entre 1900 e 1930, essa cronologia será articulada com a análise semântica, iconográfica e histórica de obras determinantes, estimulando a participação dos alunos e investindo nas suas capacidades de conceptualização.

Resultados de Aprendizagem

Análise das características de alguns dos principais movimentos artísticos que definiram o panorama cultural europeu nas primeiras três décadas do séc.XX, período identificado como apogeu do Modernismo, e que aqui balizamos entre a Exposição Universal de Paris de 1900 e a publicação em 1930 do 2.º manifesto Surrealista:Cubismo, Futurismo, Suprematismo, Construtivismo, Dada, Neo-Plasticismo e Surrealismo.

Análise das implicações que sobrevieram à noção tradicional de arte com a consolidação e popularização das formas mecânicas de comunicação visual (e.g: fotografia, cartaz publicitário, estampa, cinema e rádio) e do significado de conceitos como “ready-made”, “fotomontagem”, conceitos que iniciaram a sua história neste período da cultura artística ocidental. Para esse efeito será essencial que os alunos desenvolvam uma cultura bibliográfica baseada também nos textos e documentos fornecidos pelo docente assim como sejam capazes de interpretar a iconografia da experiência modernista.

Estágio(s)

Não

Programa

A disciplina pretende dar a conhecer através da análise formal e iconográfica de obras artísticas (pinturas, esculturas, colagens, desenhos e da leitura de excertos de documentos literários (poemas e narrativas romanescas) as transformações que se operaram na cultura artística do séc. XX focando em particular os seguintes tópicos:

• Crise do figurativo, fim da reciprocidade solidária entre forma e conteúdo e da “relação narrativa entre os objectos” na superfície pictórica. A arte como processo e como objecto.

• Expansão do conceito de obra de arte. O objecto etnográfico como um novo referente visual, o caso das “Demoiselles d’Avignon “ (Picasso, 1907), como uma visão antropológica da Arte.

• Dialéctica entre a imagem codificada (visualmente complexa  como no Cubismo ou austera como no Suprematismo russo e no Neoplasticismo holandês) e a imagem “nonsense” (a experiência Dada do burlesco ao político).

• O fenómeno das vanguardas; a sua noção e a sua práxis.

Docente(s) responsável(eis)

Pedro Filipe Rodrigues Pousada

Métodos de Avaliação

Avaliação
Exame: 40.0%
Frequência: 60.0%

Bibliografia

Baanham, Reiner, Teoria e Projecto na primeira era da Máquina, S.Paulo: Editora Perspectiva, 1979.

Berman, Marshall, Tudo o que é sólido se dissolve no ar, Lisboa: Edições 70, 1989.

Calinescu, Matei, As Cinco faces da Modernidade, Lisboa: Vega, 1999.

Chipp, Herschel B.Theories of Modern Art-a source book by artists and critics, Berkeley: University of California Press, 1984.

Conio, Gerard, Le Constructivisme Russe, Tome Premier: les Arts Plastiques, textes théoriques, Manifestes, Documents, Lausanne : L’Age d’Homme, 1987.

Hatherly, Ana, O espaço crítico - do Simbolismo à Vanguarda, Lisboa: Editorial Caminho, 1979.

Krauss, Rosalind, The Originality of the Avant-Garde and other Modernists Myths, Massachusetts: The MIT Press, 1994.

Lodder, Christina, Russian Constructivism, New Haven and London: Yale University Press, 1987 (1983).

Sousa, Ernesto de, Ser Moderno em Portugal, Lisboa: Assírio & Alvim, 1998.